Se me dissessem que eu estaria procurando por você hoje, eu iria rir, e iria dizer que isso é uma grande bobagem. Mas olhando pela janela da minha cozinha, pude observar uns montes, que de longe, me intrigavam por pequenos detalhes brancos que via sobre eles, e tentando forçar os olhos a enxergarem sem sucesso, comecei a entrar numa sequência de imagens de momentos em que eu me recordava, com uma certa reflexão em cada um deles. Me lembrei de uns amigos do jardim de infância, e pensei o que eles deveriam estar fazendo nesse momento, se eles teriam se tornado a pessoa que eles queriam ser quando menores, e se teriam orgulho das pessoas que eram hoje em dia. O mesmo pensei de muitas pessoas que só me deparei uma ou duas vezes na vida. Me lembrei das pessoas que eu conheci quando fui a São Paulo. Me lembrei de uma professora da 4 série. Me lembrei de um senhor que me deu bom dia ontem enquanto ia comprar algo para a minha mãe. Entre tantas recordações, e tantas pessoas, me veio você, logo você, a última pessoa que eu queria recordar-me. A última pessoa que eu queria saber como está, aliás, como será que você esta? Não por saudade, talvez até seja. Apesar de tudo, sempre tento guardar apenas as lembranças boas, mas, no fundo é por pura curiosidade, é por querer saber se você ta bem, se precisa de uma palavra amiga nesse momento, se esta triste, se esta brigado com alguém, se ta com dúvidas, se também sente saudades, ou no caso, só a minha falta, se recebeu uma noticia boa e esta comemorando nesse momento. Eu não sei. E do fundo do meu coração, eu não sei se quero saber. To me acostumando com a sua ausência, com a sua falta de notícias, talvez, isso me faça ir morrendo aos pouquinhos, é uma morte lenta, mas necessária!
